segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

AAAAHHHHHHH!!! NÃO!

Junior Moicano

É, senhores, o que dizer das baixarias políticas no Brasil? Malas de dinheiro, contas no exterior não declaradas, dinheiro na cueca, hipocrisia de velhos caciques, etc. Para o mais desavisado – ou mal-intencionado – o PT é o único problema, para quem avalia um pouco mais a fundo vê que não tem virgem no baile. Todos os ditos grandes partidos estão envolvidos – PSDB, PTB, PMDB, PDT, PFL, PL e por aí vai. Eu sei que primeiro temos que provar tudo isto antes de sair acusando e pedindo cassação, impeachment, o escambau. Mas não dá para negar o sentimento de vergonha desta dinheirocracia em que vivemos, vergonha desta classe política (generalizando mesmo) feita de brasileiros que usam a bandeira de “defesa do povo”, seja ela a bandeira partidária que for, para aproveitar a oportunidade e a influência e perder a ética. Onde está a origem do problema e qual a solução?
Está claro, na minha opinião, que a causa de tudo isto é o que muitos vendem como grande vantagem: o jeitinho brasileiro, a “lei de Gérson”. Prática esta facilmente verificada no dia-a-dia – a fila furada, o lugar próximo da entrada vendido para alguém mais necessitado (e com dinheiro), o “portão” no ônibus, a “conversa” no fiscal de trânsito, o flanelinha que se acha dono da rua e extorque o motorista, o desdobre no guardador de carros honesto para não pagar 1 real, e por aí vai. Obviamente, os nossos políticos também fazem uso desta prática de levar vantagem. Mas será que não existem políticos corretos? Claro que existem, o problema é identificá-los no meio desta chafurda. Eu, por exemplo, confio em poucos deles, mas identifico alguns. Acontece que eu acredito em política como conjunto, grupo, coletividade e não em política baseada na individualidade.Então, qual é a solução? Não tenho a pretensão de ser o dono da verdade e detentor da solução final, mas nas próximas eleições eu vou votar NULO! Se hoje em dia é uma utopia acreditar que a política partidária pode ser séria e transparente, prefiro manter viva a utopia que um dia seremos seres-humanos desenvolvidos suficientes para vivermos sem políticos. Não vou mais depositar confiança em quem nunca devolveu nada de concreto para o povo além de esperanças vazias. A partir de agora, quero ver antes! Quero ter minha confiança conquistada com ações e não mais palavras. Sei que tem aquele discurso de quem vota nulo perde o direito de cobrar e blá, blá, blá. Bobagem, vou continuar cobrando e exigindo. Vou continuar querendo mudanças quando julgar que o rumo está errado, SEMPRE! O que eu vou fazer nas próximas eleições então é digitar um número que não seja de nenhum candidato e teclar confirma. Um grande NÃO a tudo que nos apresentam!

Nenhum comentário: