Relato enviado por Ana Campo sobre atuação da gorda mídia no último final de semana:
"Era o auge de três dias de ensinamentos, rituais, medicina Kaingaing. O tradicional batizado no qual o chá frio é bebido e derramado sobre a cabeça, também serve de cura àqueles que já passaram pelo bautismo. Pajés do interior do estado estavam no Morro do Osso, localizado na zona sul de Porto Alegre, para o evento organizado pela comunidade Kaingaing que lá vive desde 2004, composta por 31 famílias.
Eu fui de ônibus Serraria que me deixou na boca do morro. A vista, o guaíba, deslumbrantes. Até os índios o caminho é de casarões e silêncio desértico, a subida convida a perder-se e achar alguém para certificar-me de que a memória não anda tão mal é tarefa difícil. Quem existe ali são os porteiros, pintores, seguranças. Por sorte, abordei uma moradora saindo de casa, arredia abriu a janela do carro e me deu indicações. Chegando à comunidade, o cenário é outro. O conforto? Do lado de fora, entre as árvores, à sombra, as casas de madeira apenas necessárias. Muita gente, música e a alguma fumaça das ervas em queima para preparação do chá.
Não estava lá para ser batizada, curada ou passar por qualquer manifestação estranha a meu ceticismo e sim para aprender sobre ervas e rever os amigos Kaingaingues sempre ativos culturalmente e lutadores cônscios de seu direito à moradia e da garantia do respeito à sua ancestralidade.
Na fila do chá, uma repórter. Televisiva, ela anunciava em alto e bom som que seria batizada, o cacique alertou: - Será curada. Biólogos, antropólogos, amigos, registrávamos aquele encontro de pajés com nossos mega pixels. O estranhamento já estava quase brechtiano sob a literal narração de cena protagonizada pela repórter quando o “câmera”que a acompanhava escrachou de vez e bateu boca com Luis, que fotografava ao lado. A disputa? Por espaço para captar as imagens.
A discussão não teria cabimento ali, em meio aos pajés, em meio a tudo. O cacique interveio prontamente e exerceu a liderança que lhe foi incumbida, pela qual responde diariamente e, durante a qual foi covardemente baleado pela Brigada Militar em operação da SMIC em pleno Brique da Redenção. E o cacique Valdomiro disse à equipe da empresa de comunicação mais poderosa do estado que ali não era local de intolerância e prepotência, que todos ali tinham direito ao registro, que nenhum convidado seria desrespeitado e mais, que dali saíssem imediatamente e deixassem as imagens como prova cabal de quem tumultuou a cerimônia.
Candidatos de A a Z que se aliam ao diabo para ter mais dois minutinhos de tv durante as campanhas eleitorais, pasmem, o cacique pôs a RBS morro abaixo. E tudo continuou como previsto, os pajés batizando, quem desejava devidamente batizado, a música testemunhando, as câmeras registrando, eu anotando. O cacique pedindo desculpas pelo comportamento, dos outros. Meu vegetarianismo não ficou para o churrasco. O ceticismo? Nunca em relação ao ser humano, em meio a debates infindáveis e abstratos sobre democracia e direito na sociedade de classes pós-moderna, o cacique provou que sua ancestralidade entende de democracia, direito e dignidade. Que democracia é qualquer coisa menos o aparente multiculturalismo apresentado pelo monopolismo.
A disputa por espaço? Disso o Maurício, a Ione, o Jayme, a Marlene entendem muito bem, afinal, os “empreendimentos” de RBS/MAIOJAMA desejam, de um jeito ou de outro, estar no morro para captar as melhores imagens".
terça-feira, 30 de novembro de 2010
RBS no Osso
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Parada Livre de Porto Alegre
O Coletivo Catarse fará a cobertura da parada livre que será no próximo domingo no parque da redenção. Mesmo com as ameaças homofóbicas de grupos nazista gaúchos, divulgados na mídia comercial, o movimento GLBTS aumentará a festa que consiste na maior manifestação pública do movimento social.
Participe!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
"quero minha liberdade de crítica. por ela já passei dois anos na cadeia"
Está imperdível a postagem "Estava autorizado a cascatiar", do blog Ponto de Vista, por W.U.
Há 6 anos tentamos, pelo Coletivo Catarse, fazer JORNALISMO, como sempre nos orienta Ungaretti. Não abrimos mão de esticar a corda até o limite em qualquer trabalho que façamos. Já fomos censurados algumas vezes, das formas mais esdrúxulas possíveis. Toda vez que dividimos nossas angústias com o professor sobre esses momentos, ele sempre nos indica o caminho da certeza: "Se eles censuraram, é por que vocês acertaram na veia".
Fui testemunha de defesa do dois processos absurdos movido pelo fotógrafo do Grupo RBS contra W.U. e pude confirmar que tudo não passaria de um sujo jogo de cena, se não fosse a ousadia e firmeza do Ungaretti, que deixou registrado para a história da Justiça os valores primordiais da ética de nossa profissão. Numa das audiências do criminal, acompanhei do lado de fora da sala o passa-régua que Ungaretti deu no showtógrafo durante mais de 90 min, sendo ainda interpelado por uma promotora do Ministério Público e pelo juiz. Escutava, sem muita definição, a voz firme e alta do Velho durante o tempo todo que falava - a situação tinha engrossado. Quando saiu da sala, Ungaretti parecia flutuar dois dedos do chão. Olhou nos meus olhos e no do Adriano Santos [Celeuma] e soltou: "Acabei de lavar a alma".
Espero que a Justiça libere o quanto antes o depoimento desse dia para publicação. Já escutei a leitura de várias partes e é um documento primiroso de enfrentamento à gorda mídia. "Deixei registrado quase tudo que considero importante nesses 40 anos de jornalismo que vivi. Agradeço imensamente a oportunidade", me dizia ele, repetidas vezes, naquele dia.
Leiam a porrada:
"Continuo impedido de – livremente – comentar determinadas matérias e fotos de Zerolândia (jornal Zero Hora/RBS). Estou submetido a uma multa diária de 150 reais caso desrespeite esta determinação da Justiça. As ações foram movidas por um funcionário com 35 anos de firma. Uma cria da Casa, como se diz. Em primeira instância, na espera criminal, fui absolvido. Existe a possibilidade de recurso por parte do funcionário/RBS. Ele está obrigado a pagar as custas do processo e o meu advogado. Estou com todo o conteúdo da revista eletrônica Pontodevista – trabalho de sete anos – fora da rede, material que era usado em atividades didáticas de ensino de jornalismo na UFRGS. Não havia como “limpar” este material dos conteúdos que motivaram as ações. Escrevo estas notas, periodicamente, não só para informar os novos leitores do Blogpontodevista, mas para que cerca de 150 a 200 leitores diários, em Brasília, tenham consciência dos mecanismos de censura a que estão submetidos jornalistas que trabalham com a Internet, como último espaço que, em princípio, seria possível exercer a crítica. Resolvida esta pendenga, favorável ou não a Pontodevista, irei apenas assinalar que os meus reais objetivos já foram alcançados. Deverei ressaltar também que, independente do resultado final, continuarei sendo o professor Ungaretti, cuja história é de 45 anos de militância política (dois de cadeia), 40 de exercício do jornalismo, e quase 20 como professor. E nenhum prêmio. Ainda, em um outro momento, pretendo agradecer a todos os integrantes da rede de conivências corporativas por não terem se manifestado em solidariedade. Mesmo sabedores de quem eu sou e da minha história, assim como sabedores, também, do histórico do funcionário/RBS. Caso isso acontecesse teria ficado em uma situação de absoluto constrangimento e sob suspeitas. Não é por acaso o silêncio. É preciso ressaltar, ainda, que não por qualquer tipo temor abandonamos a crítica diária a Zerolândia. É uma prática repetitiva. Este espaço pode ser ocupado por outros até mesmo como aprendizado. Só enventualmente estaremos analisando uma ou outro aspecto, mas muito mais com o espírito de não perdermos o treino. Não é mais o centro de nossa atividade. E, ao final de todo esse processo, em caso de uma solução favorável, não temos a mínima intenção de qualquer comemoração. Pelo contrário. Ficará apenas a lástima de não termos ampliado, na ocasião, as críticas a todos os que foram coniventes com as práticas do funcionário. O cara fazia o que fazia com autorização, ou no mínimo com a omissão, do chefe da fotografia e do editor do jornal. Poderia dizer muito mais, mas quero distância de tudo isso. Alguém, também, deve ser responsável pela matéria “O estatuto do desarmamento bandido da Vila Cruzeiro”.
quero minha liberdade de crítica. por ela já passei dois anos na cadeia
“fui avisado por um ‘colega’ que não era saudável ler teu blog (PONTODEVISTA) na redação (ZH) nem dizer-se teu amigo logo que comecei lá.” Reproduzi, no Facebook, este pequeno trecho de um e-mail que foi enviado por um ex-aluno. E a seguir fiz o seguinte comentário: alguns ex-alunos me confirmaram este comentário. Um Bundão, da velha geração, chegou a pedir para uma ex-aluna defender o carinha que está me processando. Pode isso seu Richardo Chaves, o Kadão? Essa informação conta ponto prá ti na firma? Faça bom proveito! E você me conhece desde dos tempos da sucursal da Veja dirigida pelo Paulo Totti. Quero ser processado por todos vocês. É uma grande oportunidade de deixar registrado, nos anais da Justiça – para a história – o que penso deste lixo de jornalismo. Mesmo que isso me custe o quase nada que eu tenho.
quero minha liberdade de crítica. por ela já passei dois anos na cadeia
todos foram coniventes com as cascatas. Ninguém é inocente nesta parada. O fotógrafo é um coitado, instrumentalizado pelos editores. Estes instumentalizados, conscientemente, pelo PRBS para quem venderam a alma. Só falta quererem me provar que o Marcelo Rech e o Ricardo Chaves (Kadão) não sabiam que cascata é cascata. Juro, quero distância de tudo isso. Não tenho interesse nesse confronto. Até pelo simples fato de que tenho consciência de não sou nada diante do crimonoso poder do PRBS. Quero o exílio. Quero ser esquecido no ambiente da categoria, assim como na área do ensino de comunicologia da UFRGS. Mas tenho certeza de que serei lembrado pelos jovens JORNALISTAS paras os quais consegui doar meus conhecimentos e minha alma.
quero minha liberdade de crítica. por ela já passei dois anos na cadeia
alguém aí em Brasília está lendo o que escrevo? Sei que tenho pelo menos de 150 a 250 leitores lá por aquelas bandas. Preciso respirar. Quero que fique assegurado meu direto de dizer o que penso. Logo que essa parada ficar res0lvida, independentemente de ser a meu favor ou não, vou escrever um texto de agradecimento a todos os integrantes da rede de conivências corporativas por não terem se solidarizado comigo. Caso isso acontecesse estaria, hoje, sob suspeita. Obrigado companheirada do Sindicato, da ARI, da Fenaj e a todo mundo acadêmico que sabe o que represento como professor. Obrigado Bundões por não terem dito nada a meu favor. Boa parte das manchetes, de Zerolândia (nas últimas semanas) estão na mesma linha da edição de hoje (Investigada conexão gaúcha em plano de atacar polícia do Rio). Foram construídas em cima (do pode ser oriunda), de suposições e informações recebidas. São também, em grande parte, matérias que os velhos jornalistas chamavam de “matéria de gaveta”, aquela que pode ser publicada qualquer dia. Esta em andamento uma retomada da subjetividade reacionária que nos ameaça com a ameaça de um incontrolável clima de violência total. Ou tou ficando maluco!
incansável e repetitivamente: quero minha liberdade de crítica. por ela já dois anos na cadeia
Sim, maluco beleza eu sempre fui e dos tempos anteriores à militância política, bem antes da década de 70. Fui criado na periferia. Sou filho de um operário metalúrgico e uma mãe costureira. Fui criado com a “negrada” do nosso país.
ainda vou fazer de todas as minhas escrituras um único estilete".
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Semana da Consciência Negra - Reportagem na íntegra
A reportagem realizada pelo Coletivo Catarse para abrir a semana da consciência negra na Tv Brasil, teve uma versão reduzida em função do tempo disponível no telejornal. Veja a reportagem na íntegra.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
LLAMADA PORTO ALEGRE: oficinas de candombe e encontro de tambores
LLAMADA PORTO ALEGRE
Oficinas de candombe e encontro festivo com tambores uruguaios e brasileiros
Convidado especial: Sebastián Jantos* (Uruguai)
No mês da consciência negra, Tamborearte Produções e o Centro Cultural Afro-Sul Odomodê promovem a integração de tambores brasileiros e uruguaios. O evento aconterá em dois momentos: uma oficina e uma festa, ambos ligados ao candombe, cultura popular e tradicional afro-uruguaia tocada e dançada principalmente no período de carnaval.
A oficina acontecerá em três módulos progressivos, dias 24, 25 e 27 de novembro, das 19h às 21h. No sábado, último dia da oficina, será realizado um encontro festivo na qual o oficineiro, compositor e multi-instrumentista uruguaio Sebastián Jantos e seus convidados especiais (Filipe Narcizo, Lucas Kinoshita e Zé Ramos) farão um show autoral para abrir a noite. Seguem a festa o grupo Maracatu Truvão e a cuerda de candombe do oficineiro, Guerreros Ijigbò. Por último, e em comemoração ao legado percussivo africano, as alfaias e os tambores uruguaios farão uma integração com tambores irmãos. Dentre eles, o gaúcho tambor de sopapo, os djambês do Odomodê Tambor, os berimbaus e os tambores de Maçambique do Nação Periférica.
Durante a festa, os oficinandos terão a oportunidade de mostrar o resultado tocando juntos em uma comparsa, formação com grande número de tambores de candombe. O grupo Africanamente fará uma roda de capoeira Angola e nos intervalos das apresentações, Lucas Luz discotecará seu set cheio de ritmos das diversas culturas tradicionais e populares do Brasil. Dentre eles, côcos, maracatus, congados, carimbós, cirandas, caroços, bandas de pife, afoxés, jongos, sambas de roda e é claro, candombes e murgas uruguaias.
Oficina: 24, 25 e 27/11
Horário: 19h -21h
Investimento: R$ 20,00 cada módulo, pacote antecipado dos 3 módulos R$ 50,00.
Festa Show: 27/11
Com Sebastián Jantos e convidados, Cuerda Guerreros Ijigbó, Maracatu Truvão e tambores irmãos.
Horário: 22h
Ingresso: R$ 8,00
*Sebastián Jantos é músico e multi-instrumentista: arranjador, compositor, toca percussão, baixo, guitarra, violão, acordeón e canta melodias com peculiaridades rítmicas. Apreciador e pesquisador da música brasileira, tem feito shows por Maranhão, Ceará, Santa Catarina, Curitiba, Porto Alegre, Pelotas, entre outros. Sebastián tem um CD lançado intitulado “Fui Yo” e está gravando outros 2, “Hoy” (também solo) e “Próximo”, com Javier Cardellino. http://www.myspace.com/sebastianjantos
Oficina de Percussão:
Tambores de Candombe, com Sebastián Jantos (Uruguai)
O Candombe é uma manifestação da cultura popular uruguaia com suas raízes na herença percussiva africana. Os tambores são tocados nas ruas, principalmente nos carnavais e feriados, acompanhados de muita dança. Em grande número, os tambores consituem uma comparsa e em menor número são chamados de cuerda, que deve ter no mínimo 3 tambores: o chico (mais agudo e com função de condução), o repique (médio e responsável pela clave e floreios) e o piano (o mais grave e que dá a marcação), cada um tem uma técnica específica de ser tocado.
Com foco na prática e integração dos participantes, a oficina abordará alguns ritmos tocados no carnaval Urugauio, como o Candombe, a Habanera, o Milngón e os Afros, além da contextualização e história da música afro-uruguaia.
Datas: 24, 25 e 27/11 (quarta, quinta e sábado).
Local: Afro-Sul Odomodê (Av. Ipiranga, 3850).
Horário: 19h às 21h.
Faixa etária: a partir de 13 anos.
Nível: não há pré-requisitos. Se tiver tambor de Candombe e baquetas, favor levar.
Preço: R$ 20,00 o dia de oficina. Pacote com os 3 módulos R$ 50,00 até 22/11.
Inscrição e reservas:
Pelo e-mail: jumkino@terra.com.br , aos domingos no Odomodê, das 12h às 15h no restaurante Mantra (Rua Santo Antônio, 372) ou no instituto de bateria Bateras Beat (Rua Garibaldi, 698).
As inscrições só serão efetuadas a partir do pagamento e as vagas são limitadas.
Módulos da Oficina de Candombe:
Módulo I
01. Introdução;
02. Construção, desenvolvimento e evolução do gênero em um marco de referência geográfico e temporal;
03. Primeira aproximação aos elementos musiciais do candombe;
04. "Ping-Pong" de perguntas e respostas.
Módulo II
06. Estudo pormenorizado dos elementos musicais do candombe (os tambores, sua técnica de execução, os padrões rítmicos e suas variações conforme os bairros de Montevidéu;
07. Prática com os participantes.
Módulo III
08. Prática com os participantes;
09. Introdução a outros ritmos tocados nas "comparsas afro-uruguaias"
10. Formação de uma "cuerda de tambores" para sair na rua tocando.
Assuntos Abordados
ANTECEDENTES HISTÓRICOS:
Orígens
As nações
Das nações às sociedades
As comparsas das sociedades de negros e “lubolos”
Os tambores
Os bairros
A MÚSICA AFRO-URUGUAIA:
A expressão musicalo afro-uruguaia
O tambor
Toques básicos
A música dos tambores
Toques de madeira
Toques de piano
Toques de chico
Toques de repique
Música que executam os tambores nos cenários de carnaval.
Milongón
Habaneras
Afros
APOIOS: Ponto de Cultura Ventre Livre, Catarse Coletivo de Comunicação, Nazari Stúdio, FÉsta Pesquisas em Culturas Populares e Tradicionais, Instituto de bateria Bateras Beat, Bataclã FC, Nação Periférica, Mantra Restaurante, Africanamente, Maracatu Truvão e Pizzinha.
REALIZAÇÃO: Tamborearte Produções.
Uns vídeos:
Sebastian Semperena da Cuerda Guerreiros Ijigbò: http://www.youtube.com/watch?v=akKcX-aZCs4&feature=mfu_in_order&list=UL
John Silva do Nação Periférica: http://www.youtube.com/watch?v=bV14Tqpg7xQ&feature=mfu_in_order&list=UL
Edson Angoleiro do Africanamente: http://www.youtube.com/watch?v=UEtwvU_cmaI&list=ULUIcuzlvm3xE&playnext=1
Lucas Kinoshita da Tamborearte: http://www.youtube.com/watch?v=zGZr4daXLQg
sábado, 20 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Semana da Consciência Negra
O Coletivo Catarse realizou reportagem que foi ao ar na terça-feira na TV Brasil sobre a Semana da Consciência Negra. Tratando em depoimentos da criação da identidade negra no Brasil, expõe um pouco do questionamento de um povo que sofreu humilhações desde a sua chegada no país e que, com muita forçca, consegue passar adiante o orgulho de ser negro.
Alguns desses depoimentos são parte do filme O Grande Tambor, que o Coletivo Catarse está produzindo e que será lançado em dezembro. A montagem da matéria é de Sérgio Valentim e Jefferson Pinheiro.
Hoje ato Diálogos na Esquina
por Levanta Favela
A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RS) convoca a todos para participar do Ato Diálogo na Esquina. Ato em repúdio ao desrespeito com os artistas, à autorização para apresentações e cobrança para utilização de espaços públicos, que pertencem a todos nós!
Dia 17 de Novembro, 4ª feira, a partir do meio-dia.
NA ESQUINA DEMOCRÁTICA, CENTRO de Porto Alegre.
Com as seguintes apresentações e performances teatrais, musicais e poéticas:
12:00:Abertura com batucadas, Leitura do Artigo V, distribuição de panfletos.
13h: Apresentação Grupo TIA
14h: Apresentação Artistas da Fome.
15h: Apresentação Caio.
16h: Roda de Capoeira.
17h: Apresentação Cia UmPédeDois
18:30: Apresentação da Oficina de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...
Artigo 5º da Constituição Federal
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Compareça com sua voz, com seu instrumento, com sua performance...
Para saber mais a respeito da razão do ato acesse os links:
Escritora realiza performance na Feira do Livro e é retirada por policiais
http://www.radioguaiba.com.br/Noticias/?Noticia=221522
Árvore em Fogo e a repressão Policial: policia tenta parar apresentação do Levanta FavelA na esquina "democrática"!
http://www.youtube.com/watch?v=CWYnC2p2BWo
Choque de ordem contra a cultura popular
http://www.uneafrobrasil.org/politica_008.php
Cerco do Estado Brasileiro Contra os artistas de Rua e os Blocos de Carnaval
http://bandolatrupe.blogspot.com/2010/11/cerco-do-estado-brasileiro-contra-os.html
Em protesto, artistas de rua 'enterram' liberdade de expressão em São Paulo
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/artistas-de-rua-se-mobilizam-e-enterram-liberdade-de-expressao
“Teatro de Rua está na Constituição”
http://www.cooperativadeteatro.com.br/2010/?p=1463
domingo, 14 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Contraponto para levar economia solidária à universidade
O Núcleo de Economia Alternativa e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFRGS, em parceria com a COCEARGS - Cooperativa Central dos Assentamentos do RS convida para a inaguração oficial do CONTRAPONTO - Entreposto de Cultura, Saúde e Saber. Nesta quarta, 10 de novembro.
Um Espaço de Comercialização Solidária localizado dentro do Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao lado da Faculdade de Educação (FACED). Propõe uma nova forma de pensar o consumo, valorizando processos saudáveis e justos com o trabalhador, sociedade e meio ambiente, além de comunicar às pessoas que circulam pela universidade conceitos e práticas como agroecologia, bioarquitetura e autonomia.
Programação Cultural:
8h30: Montagem de Geodésica
10h45: Inicio Feira de Trocas (utilização de moeda social)
13h00: Bate-papo sobre função da Feira de Trocas
14h30: Intervenção musical com Levante Popular da Juventude
16h30: finalização da Feira de Trocas
17h00: Atividade Solene na sala 101 da FACED - Faculdade de Educação da UFRGS.
19h00: Musicas autorais com Seu Pedro – Victoryes.
20h00: Musica com Palco Aberto
MAIS INFORMAÇÕES:
neaufrgs.wordpress.com
neaufrgs.itcp@gmail.com
sábado, 6 de novembro de 2010
Estação Ferrinho 47 anos
Programação cultural celebra os 47 anos do Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho
Desde o dia 03, o Grupo Trilho de Teatro Popular promove o evento Estação Ferrinho 47anos (Av. Dona Teodora, 1250, Humaitá). Para comemorar mais um aniversário do Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho, foram programados espetáculos de teatro e de música abertos à comunidade (entrada franca), representando mais uma vez a importância de sua existência.
Inaugurado em 1963, o Ferrinho fica a cada dia mais cheio de vida. Começou Ferrovia e, resistindo ao tempo, hoje representa tanto a memória como o futuro da comunidade do Humaitá, além de abrir seu horizonte a novos parceiros por toda Porto Alegre. A manutenção das atividades do Ferrinho possibilita fazer arte e fruir arte, além de proporcionar diálogo e construção, com toda a rica e histórica bagagem do trabalhador ferroviário.
Ainda dá tempo de participar:
DIA 06/11 SÁBADO 18 HORAS
“ESTACÃO DESCENTRALIZADA: Teatro Popular (?)” Bate-papo com o deputado estadual Raul Carrion, o professor de teatro da UERGS Carlos Mödinger, o coordenador de artes cênicas da Secretaria Municipal de Cultura, Breno Ketzer e os artistas interessados na temática. Após o bate-papo, está programado um coquetel ao som da MPB do Grupo UPA.
DIA 07/11 DOMINGO 20 HORAS
“A História da Tigresa” Conta a homérica história de um soldado chinês que por motivos alheios se separa de sua tropa. Entregue a sua própria sorte, ele se vê obrigado a salvar o único fio de vida que lhe resta. Enfrenta tempestades, avalanches de água, escala montanhas, corre por descampados enormes, sobe encostas, até que encontra uma gruta onde pode se abrigar. Entretanto, ali também é morada de uma tigresa e seus filhotes. Surpreendentemente ele não vira comida de tigres. Ao invés disso começa uma relação nada comum entre um homem e um animal. Texto de Dario Fo. Espetáculo da Cia. Destemperados, atuação de Anderson Balhero.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Filas do SUS em Porto Alegre: a prevalência do abandono
Antes do dia chegar, quando a noite ainda dorme mergulhada no escuro, os que precisam do Sistema Único de Saúde já estão na rua. Esperam nas calçadas, contra as grades e os muros dos postos de saúde, às vezes no frio e na chuva, a chance de encontrar um médico.
Em Porto Alegre, são estes locais os responsáveis pelo atendimento básico à população. Em frente às unidades de saúde, a precariedade na oferta de consultas faz com que as pessoas se organizem como podem, antes do expediente começar. Procuram o abrigo que não tem, disputam um lugar, chegam a brigar por uma ficha. O poder público sabe, mas se omite. Só que o problema está na sua porta. Se houvesse médico para todos isso aconteceria?
O Coletivo Catarse, com apoio do Sindisprev-RS e Simers produziu uma reportagem em vídeo de 48 minutos sobre esta situação. Será exibida nesta quinta, no auditório do Sindisprev RS, seguida de debate. Você está convidado.
Dia 04 de novembro de 2010 (quinta-feira), às 18:30h.
Sede do SINDISPREV RS – Trav. Leonardo Truda, 40 – 12º andar. Centro de Porto Alegre.
Abaixo, um trailer do vídeo:
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Quilombo dos Silva no Desinformémonos
Desinformémonos para nos informar: "Aderimos às batalhas que se passam 'abajo y a la izquierda', à margem do poder e dos poderosos. Estamos do lado da autonomia dos povos, pelo direito a decidir sobre nossos próprios destinos. Somos, sem ambiguidades, fruto de uma luta que, desde 1º de janeiro de 1994, nos transformou: o levantamento do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). E é no terreno da 'desinformação' que atuaremos", disse a jornalista Gloria Muñõz ao jornal Brasil de Fato. Publicamos esta 'desinformação' aqui, em abril deste ano.
Agora, quando chegamos em novembro, tempo de nunca esquecer de lembrar de Zumbi e de João Cândido, de Maria Firmina dos Reis, e de cada mulher e homem negro que nos educa enquanto resiste, o Desinformémonos traduz para espanhol e veicula a reportagem que fizemos sobre o primeiro quilombo urbano reconhecido e titulado no Brasil: o Quilombo da Família Silva. Pela sensibilidade e determinação de Joana Moncau (gracias!), brasileira que subverte cores, calendários, geografias e notícias nas selvas mexicanas, o vídeo foi traduzido para espanhol e integra a edição número 13, deste projeto de contra-informação (outra informação) que nos inspira.
DESINFORMÉMONOS HERMANOS
tan objetivamente como podamos
desinformémonos con unción
y sobre todo
con disciplina
que, espléndido que tus vastas praderas
patriota del poder
sean efectivamente productivas
desinformémonos
qué lindo que tu riqueza no nos empobrezca
y tu dádiva llueva sobre nosotros pecadores
qué bueno que se anuncie tiempo seco
desinformémonos
proclamemos al mundo la mentidad y la verdira
desinformémonos
nuestro salario bandoneón se desarruga
y si se encoge eructa quedamente
como un batracio demócrata y saciado
desinformémonos y basta
de pedir pan y techo para el mísero
ya que sabemos que el pan engorda
y que soñando al raso
se entonan los pulmones
desinformémonos y basta
de paros antihigiénicos que provocan
erisipelas y redundancias
en los discursos del mismísimo
basta de huelgas infecto contagiosas
cuya razón es la desidia
tan subversiva como fétida
garanticemos de una vez por todas
que el hijo del patrón gane su pan
con el sudor de nuestra pereza
desinformémonos
pero también desinformemos
verbigracia
tiranos no tembléis
por qué temer al pueblo
si queda a mano el delirium tremens
gustad sin pánico vuestro scotch
y dadnos la cocacola nuestra de cada día
desinformémonos
pero también desinformemos
amemos al prójimo oligarca
como a nosotros laburantes
desinformémonos hermanos
hasta que el cuerpo aguante
y cuando ya no aguante
entonces decidámonos
carajo decidámonos
y revolucionémonos.
Poema de Mario Benedetti.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Lançamento da música: A Princesa é uma Senhora
Gustavo, Valentim e Marcelo ao vivo na RÁDIOCOM conversando sobre o filme O Grande Tambor, tocando sopapo e lançando oficialmente a música A Princesa é uma Senhora, trilha original do filme.
Faça o download da entrevista da equipe na RádioCom, clicando aqui.
Ouça ao vivo a Rádiocom: http://radio-com.blogspot.com/