O consumo de erva-mate no Rio Grande do Sul e outros em outros estados
que mantêm este costume provém de uma história ancestral há muito já
deixada de lado pelo avançar da produção industrial que caracteriza o
modelo econômico da sociedade moderna deste lado do mundo. Sem saber,
milhares de pessoas saboreiam o mate sem saber que este é um costume
iniciado pelos índios e que contem, na sua produção artesanal, uma
ritualística que vai desde a colheita das folhas até sua secagem e
posterior moagem – tendo como ferramenta básica para a secagem o chamado
CARIJO.
"Por trás do hábito de tomar mate ou chimarrão existe um universo de conhecimento, que está ameaçado de se perder. O processo de fabricação artesanal de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) é uma prática antiga, provinda dos povos indígenas das bacias dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, como os Guaranis e Kaingangs, que ainda existe na região sul da América, porém a partir dos anos 1960 vêm passando por um processo de abandono, tendo como principais fatores a modernização da agricultura e a industrialização da cadeia produtiva da erva-mate".
Moisés da Luz - Carijos e barbaquás no Rio Grande do Sul: resistência camponesa e conservação ambiental no âmbito da fabricação artesanal de erva-mate
O projeto Carijo é uma iniciativa da Catarse aprovado pelo edital de patrimônio cultural imaterial pelo IPHAN e tem como objetivo registrar esse conhecimento.
Para acompanhar as ações do projeto acesse: www.projetocarijo.com.br
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